Os sonhos sussurram
sussurram
sussurram
Sussurram e despedem-se
Virando costas.
Depois regressam, e sussurram
sussurram
e suspiram
Suspiram e desabafam
Soprando ao ouvido.
Remexem lençóis, e estremecem
estremecem
estremecem
Até que incomodam.
Eles anseiam ser sonhados.
Frustrando-se, aí enfurecem-se
e riem-se
riem-se muito.
É quando se apercebem
Que já não são sonhos.
Que falem, então.
Adormeci.
Não lhes vou dar esse prazer.
Gonçalo Limpo de Faria, Dezembro de 2009
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