domingo, 27 de dezembro de 2009

Descalço

Lá do alto da falésia
Vi abrir o fundo o Mar.
Descalço, furei a brisa
Tornei-me seu
Fiquei sem ar.

Morri só nele horizonte
Tão feliz fui maresia.
Descalço, subi ao Céu
Não era morto
Asas batia!

Pairei eu mistério azul
Sem rosto leve andorinha
Descalço, perdi-me Além
Voei divino
Já nada tinha.


Gonçalo Limpo de Faria

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