sábado, 16 de julho de 2011

I

O meu altar
É um banco
De jardim
Para onde subo
E vejo o céu.

E o céu sobe
Sobe muito.
É tão alto
Como cair
A meio de um sonho.


II

O meu altar
Já não existe
O seu muro é alto
Sonhei-o bem.

Só vejo cinzento.
Dantes via
Azulejos.


Gonçalo Limpo de Faria, Setembro 2010