quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Trovoada

Todos os meus sonhos
Subiram ao céu um dia.
Foi quando trovejou.

Aí esvaíram-se, em relâmpagos.
Que rasgaram as nuvens, tantas nuvens!
Em luzes que nunca tinha sonhado.

Trovejei também, sem o saber.
Num trovejar que não se vê nem faz barulho.
Que irradia luz e se sente em silêncio.

Não desejei o céu limpo, nem o azul celeste
Apenas um pranto cinzento à chuva.
Em que os meus sonhos caíssem e eu os visse.


Gonçalo Limpo de Faria

Um comentário:

joana.faria disse...

Ora viva! Como é possível ninguém comentar poemas tão belos e sentidos?
Senhor Faria :)
é com prazer que conheço alguém que partilha o mesmo apelido e pelos vistos não é só o nome que há em comum...também gosto de teatro (sempre amei representar), música (tocar violino) e sim, também gosto muito do filme "Ritmo e Sedução" porque gosto imenso de danças de salão!

Bom, assim me despeço com alguma curiosidade.

P.S. Mando assim pelo comentário o que me foi impossível de mandar por mensagem privada.