Se um dia me achares
Calado, não me fales.
Olha-me só.
Escuta-me agora. Será esse o dia
Em que me cansarei
De tentar falar-te.
Olha-me perto. Em meus olhos nus
Verás despidas, moribundas,
As palavras mentirosas que te disse.
Encerro-os tristes. Não percebes.
Continuas a fixar-me nos lábios
Torpes. Acreditas neles.
Abro-os de novo. Foste-te embora.
Julgas que a minha ilusão não és tu
Nem que a tua verdade é a minha.
E eu levanto-me. Há que falar de novo.
Até um dia calado me achares
Escorrendo torpes palavras dos olhos.
domingo, 20 de janeiro de 2008
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