domingo, 20 de janeiro de 2008

Guerra minha

Desengano-me e penso
Em ser frio, espartano
Fleumático, mau, tenso.

Mas pensamento é engano.

Porque não consegui
Fazer gelar meu sangue
Cruel, de ódio a ti?

Porque minh'alma é exangue.

Sorrio, sinto as dores
De guardar mil sorrisos
Raiva! Saiam amores!

Nunca mais! Não são precisos.

Mas tudo vem co'aurora
E olho o céu e espero
Por quem eras, outrora.

Raios! Não quero! Não quero...

Um comentário:

joana.faria disse...

Como entendo este poema!
Tanto nos magoamos que chegamos a desejar ser frios e indiferentes que nem uma rocha para assim não sofrer...
Sim,já cheguei a desejar ser assim...Mas afinal, o que é a vida sem emoções, o amor faz sofrer mas também faz viver! Nem sempre há dor e mágoa. O que é a vida sem sentir a leve brisa no Verão, sem nos apaixonarmos pelas andorinhas que esvoaçam a centímetros da nossa janela e quase nos tocam na sua simplicidade e confiança...etc...a vida é muito mais que a dor do amor... :)

Uma reflexãozita :) beijinho