sábado, 11 de outubro de 2008

Estás só, vagabundo

Estás só e cansado, vagabundo
Do silêncio vago, indiferente
Silêncio dos outros, que te mente
O duro silêncio, o do mundo

Abafá-lo? de nada te serve
Falares do amor, do sol quente
Nem da paixão voraz, que te ferve
Não neste silêncio indiferente

Escutas o nada, é todo teu
Tão só estás, nem solidão tens
Apenas o que a alma perdeu
Ilusões com que te entreténs

Quem vai ouvir-te? Ninguém é fundo
Do que Ele sonha, do que sente
Só o teu silêncio, indiferente
Malvado silêncio, o do mundo!


Gonçalo Faria, 5 de Outubro de 2007

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