sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Nas colinas onde o nada era verde

Nas colinas onde o nada era verde
Eu corria.

Corria pelo verde ventoso.
Não te via. Não te via!

Só minhas eram as verdes colinas
Eram verdes para mim só!

Mas, se minhas eram,
Porque o dizia?

Mas, se não te via,
Porque corria?

Porque sou um mau ausente.
Porque fraca é a ausência que corre.

Ausência equestre, galopas tumulto!
Maculas meu verde ventoso
Vazio!

Não te ver e querer ver-te!
O meu nada é verde por isso.


Gonçalo Limpo de Faria, Julho de 2008

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