sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Não quero abrir os olhos

Não quero abrir os olhos
E perder o mar de encantos
Que me afogou a lembrança.

Ou os jardins desertos
Por onde vagueio em alma
E só minha alma existe.

Ou os céus sem horizonte
Que descem para mim só
E a ausência é apenas o longe.

Quero ser céu, mar, luar
Quero ser eterno, suave, infinito
Quero ser a noite, o sono e o sonho.

Por isso, peço-te, não mos tires.
Não mos abras, por favor,
Que esta ilusão pode durar se eu o quiser.


Gonçalo Limpo de Faria, Fevereiro de 2008

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